olhos nos olhos
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Manuel Álvarez Bravo - Lucy - 1980
Reparem como estou vestida pelo sol mexicano. Fui desta vez o ser degolado, espantaram-me o cuidado do golpe e a ternura implacável. Só me resta devolver-te os olhos desejosos de mim. Toma-os com a melhor dedicatória: assim dançarei em redor dos salões sombrios a que ficaste condenado. Não quebres agora o silêncio, deixa-me despida de mim própria. Um triângulo de ouro escurecido, correspondências interrompidas, pupilas, mamilos, coisas visíveis que também espreitam o mundo.
J.M.T.S.
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