das palavras dos outros
vítor teves / in Lamarim, Fresca . Poetria, 2019
ACENDE
Aperta esta mão em sangue
dá-lhe pérolas e sossegado
leito terno amanhecer.
Corre com o vento frio
sobre a película do olho.
Escorre entre a natureza e a
morte. Acende a vela velha.
Sê a terra fresca que
recebe a pura água entanto
ao teu redor tudo cai no
desesperante e seco vazio.
dá-lhe pérolas e sossegado
leito terno amanhecer.
Corre com o vento frio
sobre a película do olho.
Escorre entre a natureza e a
morte. Acende a vela velha.
Sê a terra fresca que
recebe a pura água entanto
ao teu redor tudo cai no
desesperante e seco vazio.
COMO CORTAR UMA LARANJA?
A vida exige desenvoltura
ter mãos sobre a mesa
olhos e pele à mercê da admiração
O ponto e a vírgula na exata pausa
mas nunca a Pausa Absoluta na
linha interrupta da grande planície
Sonhos perdas risos e medos
núcleo sem arestas ou espinhas
onde a minha mão estende sempre
para a tua mão
Quando pensares no intervalo frio duro
ferve o desejo da morte junto daqueles
que deseperadamente amas e a
Pausa nunca será possível
ter mãos sobre a mesa
olhos e pele à mercê da admiração
O ponto e a vírgula na exata pausa
mas nunca a Pausa Absoluta na
linha interrupta da grande planície
Sonhos perdas risos e medos
núcleo sem arestas ou espinhas
onde a minha mão estende sempre
para a tua mão
Quando pensares no intervalo frio duro
ferve o desejo da morte junto daqueles
que deseperadamente amas e a
Pausa nunca será possível
A 7ª ÁRVORE
a Urbano
a Urbano
Na fantasmagórica árvore,
os rebentos de ouro são
esses tiros entre o nosso olhar
e o intocável jardim.
A porta fechada, com
dobradiças de cartão
mostra-nos as queimaduras
das mãos dos que, em vão,
tentaram roubar os frutos,
nessas vinte e sete manhãs.
os rebentos de ouro são
esses tiros entre o nosso olhar
e o intocável jardim.
A porta fechada, com
dobradiças de cartão
mostra-nos as queimaduras
das mãos dos que, em vão,
tentaram roubar os frutos,
nessas vinte e sete manhãs.
fotografias: JMTS
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