poesia . fotografia . & etc.


Talvez o mundo não seja pequeno / Nem seja a vida um fato consumado . Chico Buarque de Hollanda, com Gilberto Gil








domingo, 26 de janeiro de 2014

sábado, 18 de janeiro de 2014

O aprendiz de FEITICEIRO
teorias portáteis sobre poesia

outras teorias portáteis sobre poesia aqui
imagem vista aqui e aqui




A magnólia é a poesia
[Luiza Neto Jorge, Daniel Faria, Luís Quintais]




Shohei Hanazaki


Roland Barthes em Lição: « É porque a literatura põe em cena a linguagem, em vez de simplesmente a utilizar, que engrena o saber no mecanismo da reflexividade infinita: através da escrita o saber reflecte continuamente sobre o saber, segundo um discurso que já não é epistemológico, mas dramático.»

Assim é, por maioria de razão, com a poesia. Pense-se no "poetodrama" ou no "drama em gente"  pessoanos (para retomar as expressões de José Augusto Seabra), em que vemos a poesia sistematizar e potenciar essa sua vocação. Pense-se também naquilo que nos dizem três poetas sobre uma magnólia (ver textos abaixo)- Luiza Neto Jorge, Daniel Faria e, finalmente, Luís Quintais, cujo poema despoletou em mim a consciência de um sucessivo reenvio de saberes entre textos. Tal acontece de um modo tão fulgurante que, a partir de um certo ponto, o Tempo se lê apenas no tempo dos poemas. Não faz, então, sentido procurar quem inicia as falas, quem pergunta ou quem responde.

A magnólia começa por existir (ali está ela) e expõe a sua beleza e intensidade- digamos assim, para simplificar. Mas, justamente, os poemas não simplificam e neles vemos três modos diferentes de usar e conceber a poesia.

No poema de Luiza Neto Jorge é como se essa existência exaltasse o próprio existir de todas as existências, o que faz dela o "acontecimento mestre". Tudo se despoleta a partir daquela vocação da poesia que nos dá a "exaltação do mínimo", do mais discreto que justifica a vida, para lá de todos os valores e construções sociais. Assim preconizava, aliás, Ricardo Reis, que sabe também, poeticamente, de magnólias: «Prefiro rosas, meu amor, à pátria, / E antes magnólias amo / Que fama e que virtude.» Luiza exemplifica no seu texto o devir magnólia do poema e do sujeito. 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

 o lugar que muda o lugar



Em Papéis | publicações, críticas, na margem direita deste blogue (ou aqui), acrescentou-se aos textos já arquivados sobre  As Súbitas Permanências e Anima uma reflexão de Pedro Meneses a partir de O Lugar que Muda o Lugar.

Pedro Meneses é autor do blogue Crueza Bruta.