poesia . fotografia . & etc.


Talvez o mundo não seja pequeno / Nem seja a vida um fato consumado . Chico Buarque de Hollanda, com Gilberto Gil








sábado, 29 de outubro de 2016

das palavras dos outros




judith wright / in Animal Animal, Assírio & Alvim, 2005
 tradução de José Alberto Oliveira



CATATUAS NEGRAS

Cada género específico de tempo ou de luz
tem as suas criaturas. Elas esperam algures,
com se habitassem apenas o calor ou o frio,
o crepúsculo ou a madrugada e não conhecessem outro estado.
Depois, no tempo certo chegam, tímidas ou determinadas.

Assim, quando os grandes ventos áridos, ásperos como lixa,
se acalmaram, e o tempo mudou e vieram as nuvens
e outras aves se calaram em oração ou medo,
estas conheceram a sua hora. Antes que o primeiro clarão longínquo
se acendesse, ou o primeiro trovão pronunciasse o nome,
chegaram em voo cerrado, até que eu pude ouvir
as catatuas negras selvagens, sacudidas no cimo
das suas altas árvores, gritando o desassossego do mundo.





Kunihiro Amano
(xilogravura)




imagem vista aqui




 


sábado, 15 de outubro de 2016

 # Em Agenda #


No número 6 de SUROESTE (revista de literaturas ibéricas - Badajoz, 2016), um texto de Miguel Filipe Mochila sobre O Segundo Olhar de Inês Lourenço (Companhia das Ilhas, 2015)







 (para ler, clicar nas imagens)






 

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

oCorpodasLetras




 

vídeo e som: Hong Huo
poema: Su Shi (1037-1101|dinastia Song)
com Jiaxin Zeng


visto aqui