as súbitas permanências
ESTRELA CADENTE SOBRE O MAR
Na noite das estrelas cravejadas
rasga o vazio a improvável luz
de enorme negro afinal intenso
o fundo atento a ondas espelhadas
Olho-te os olhos lentos de surpresa
o trânsito da chama tão visível
que do abismo dos peixes cintilantes
se anuncia fatal e assim aéreo
Se esta queda fulgura inteiramente
detém-se no atrito de um olhar
em que demora o pó remanescente
Então o mar iluminando os tempos
de estrelas longamente fixadas
deixa arder ao passar esse desejo
J.M.T.S. in As Súbitas Permanências, Quasi Edições, 2001 (aqui)
Star Diary I . Paula Catão
filme de Pedro Teixeira
.
poesia . fotografia . & etc.
Talvez o mundo não seja pequeno / Nem seja a vida um fato consumado . Chico Buarque de Hollanda, com Gilberto Gil
sábado, 26 de novembro de 2011
terça-feira, 22 de novembro de 2011
espaço (i)maculado . ana abreu
As imagens de batatas, borboletas e meninas fazem parte de conjuntos iconográficos cujo desenvolvimento teve como referente o arquivo do Instituto de Reinserção Social para Raparigas, que durante décadas esteve sediado no espaço do Convento Corpus Christi, nas margens do Douro, em Vila Nova de Gaia.
fotografia de Amélia Nabais a partir de instalação
ANIMA é uma sequência poética a partir do projecto Espaço (I)maculado, nas edições Língua Morta. (aqui)
As imagens de batatas, borboletas e meninas fazem parte de conjuntos iconográficos cujo desenvolvimento teve como referente o arquivo do Instituto de Reinserção Social para Raparigas, que durante décadas esteve sediado no espaço do Convento Corpus Christi, nas margens do Douro, em Vila Nova de Gaia.
fotografia de Amélia Nabais a partir de instalação
ANIMA é uma sequência poética a partir do projecto Espaço (I)maculado, nas edições Língua Morta. (aqui)
cerzindo de brandura as batatas
tecidas de puída transparência
e nascem borboletas de asas tão pesadas
tecidas de puída transparência
e nascem borboletas de asas tão pesadas
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
espaço (i)maculado . ana abreu
As imagens de batatas, borboletas e meninas fazem parte de conjuntos iconográficos cujo desenvolvimento teve como referente o arquivo do Instituto de Reinserção Social para Raparigas, que durante décadas esteve sediado no espaço do Convento Corpus Christi, nas margens do Douro, em Vila Nova de Gaia.
ANIMA é uma sequência poética a partir do projecto Espaço (I)maculado, nas edições Língua Morta. (aqui)
As imagens de batatas, borboletas e meninas fazem parte de conjuntos iconográficos cujo desenvolvimento teve como referente o arquivo do Instituto de Reinserção Social para Raparigas, que durante décadas esteve sediado no espaço do Convento Corpus Christi, nas margens do Douro, em Vila Nova de Gaia.
ANIMA é uma sequência poética a partir do projecto Espaço (I)maculado, nas edições Língua Morta. (aqui)
quando subimos ou tanto caímos
são os poços do ar, as meninas perdidas
são os poços do ar, as meninas perdidas
domingo, 6 de novembro de 2011
as súbitas permanências
JOHN KEATS, RECOSTADO A UMA COLUNA ROMANA
Adormece o alheio esplendor no leito
das pedras, quando, tão brutais, suspendem
as nuvens altas, o rosto de Roma
luminoso e volátil sob os olhos
Esqueço os céus remotos, a terra mágica
e declino, na urna do silêncio
as volúveis canções primaveris
entre cacos, ossos, imensos versos
Como dizer o peso e a doçura
desse mundo que já repousa em mim
depois de mim, ausente esta alegria
que agora se respira para sempre?
J.M.T.S. in As Súbitas Permanências, Quasi Edições, 2001 (aqui)
JOHN KEATS, RECOSTADO A UMA COLUNA ROMANA
Adormece o alheio esplendor no leito
das pedras, quando, tão brutais, suspendem
as nuvens altas, o rosto de Roma
luminoso e volátil sob os olhos
Esqueço os céus remotos, a terra mágica
e declino, na urna do silêncio
as volúveis canções primaveris
entre cacos, ossos, imensos versos
Como dizer o peso e a doçura
desse mundo que já repousa em mim
depois de mim, ausente esta alegria
que agora se respira para sempre?
J.M.T.S. in As Súbitas Permanências, Quasi Edições, 2001 (aqui)
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